Começa doendo.
Lembra um amor perdido de repente.
Então queima.
Lembra paixão e se parece com antes de entrar no palco,
Mas eis que os joelhos não tremem.
Surge um leve enjôo,
Como se já estivessem sorvidos
os copos que precedem o porre.
Todas os fatos e dias engolidos
Se acomodam e pesam
No final de minhas costelas.
Emoções que me recuso a digerir
Irrequietas no meu esôfago.
Me deito e procuro abraçar
Com o corpo exausto e preocupado
Este sofrido estômago,
Arauto de meu subconsciente.
5 comentários:
A vida é muito generosa...
Veja só, presenteou seu estômago c/ uma divertida montanha-russa :)
talvez os fatos e os dias engolidos não pesem tanto quanto os fatos e os dias vomitados.
beijo(tá ótimo, por aqui)
qnts noites nao abracei meu estomago...
qnts noites nao sofri por isso...
qnts noites nao sorri por ter o q abraçar e revirar...
belissimo texto!
alias tds belos, um achado nas tardes entediantes!
:)
obrigada, king :)
Tudo se torna psicossomático...
É preciso regurgitar e gritar pro mundo girar!
Beijos de congratulações!
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