segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Começa doendo.
Lembra um amor perdido de repente.
Então queima.
Lembra paixão e se parece com antes de entrar no palco,
Mas eis que os joelhos não tremem.
Surge um leve enjôo,
Como se já estivessem sorvidos
os copos que precedem o porre.

Todas os fatos e dias engolidos
Se acomodam e pesam
No final de minhas costelas.
Emoções que me recuso a digerir
Irrequietas no meu esôfago.

Me deito e procuro abraçar
Com o corpo exausto e preocupado
Este sofrido estômago,
Arauto de meu subconsciente.

5 comentários:

Madame S. disse...

A vida é muito generosa...
Veja só, presenteou seu estômago c/ uma divertida montanha-russa :)

Nocturna disse...

talvez os fatos e os dias engolidos não pesem tanto quanto os fatos e os dias vomitados.

beijo(tá ótimo, por aqui)

Anônimo disse...

qnts noites nao abracei meu estomago...
qnts noites nao sofri por isso...
qnts noites nao sorri por ter o q abraçar e revirar...

belissimo texto!

alias tds belos, um achado nas tardes entediantes!
:)

Carol disse...

obrigada, king :)

Tchello Melo disse...

Tudo se torna psicossomático...

É preciso regurgitar e gritar pro mundo girar!

Beijos de congratulações!