segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

pequenas fugas

Saí de casa devagar, como se devagar pudesse fazer as ruas e casas criarem caminhos que eu não conhecesse nas redondezas. A névoa que não deixava ver o final das ruas me fez pensar que se talvez entrasse numa delas até me perder no meio da bruma eu seria levada à Avalon.
Sigo caminhando, não aparecem caronas; sem problemas, quero mesmo andar até cansar, até me perder. Mas não passo do centro da cidade. Procuro então me perder entre livros, em outras vidas, verdadeiras ou não. Nada de poesia hoje, nada de História, Filosofia ou Dalai-Lama. Quero ser absorvida, sugada para outro universo, qualquer coisa distante e diferente de mim. Para não voltar até que o tempo passe ou que o subconsciente resolva o que em mim complica a vida.

3 comentários:

Madame S. disse...

fugir de si é arte medonha que nem o tinhoso domina

mas deixe estar...

infeliz é quem não trapaeceia a consciência

é por isso que nutro o superego com whisky
cof cof*
(tosse cheia de si.)

Madame S. disse...

volta, Carol!!

Anônimo disse...

SEr invisível seria massa! Mas não da pra ser invisível para nós mesmos (se desse só asvezes...)